Estudantes manifestam em defesa da educação
Estudantes de várias instituições de ensino superior de Fortaleza se reuniram, ontem, (21), dando início as manifestações da Jornada Nacional em Defesa da Educação Pública, que segue até sexta-feira, 24.
O movimento nomeado "Queremos estudar", reivindica a criação de um plano de assistência estudantil aos alunos e de uma regulamentação para as mensalidades das faculdades particulares. Conforme a presidente da União Nacional dos Estudantes, Lúcia Stumpf, presente na manifestação, é necessário um investimento de R$ 200 milhões a mais no orçamento das universidades públicas para garantir o plano de assistência estudantil. Sobre o ensino privado, Lúcia destacou a importância de um controle no aumento das mensalidades. "A gente quer que haja um controle do ensino privado, que hoje é uma espécie de terra sem lei. O aumento é dado conforme a vontade das instituições" completou Lúcia. De acordo com a Secretaria da Educação Superior do Ministério da Educação (Sesu/ MEC), os reitores das universidades federais estão em fase de conclusão do Plano Nacional de Assistência Estudantil. Esse plano teria recursos previstos em mais de R$ 120 milhões, um valor superior ao dobro dos investimentos registrados neste ano (acima de R$ 50 milhões), e quatro vezes mais do que em 2006 (pouco mais de R$ 30 milhões). Segundo o titular da Sesu, Ronaldo Mota, "trata-se de um grande avanço, mas o montante ainda não é totalmente suficiente." Apesar do primeiro dia de manifestações ter mobilizado somente cerca de 100 alunos, os estudantes garantem mais ações para esta semana, como: ocupar a Universidade Estadual do Ceará (Uece) hoje, e realizar uma manifestação na Assembléia Legislativa amanhã. "As universidades da Bahia e Rio de Janeiro já foram ocupadas. Com essas ações em todo o País, queremos mostrar que pedimos o que é necessidade do Brasil inteiro", destacou a presidente da UNE.
Fonte: Jornal O Povo, caderno Fortaleza - Educação, p. 7, dia 22 de agosto de 2007.
